quinta-feira, 16 de junho de 2016

RESUMO:   PARA  QUE SERVE A SOCIOLOGIA? 
A Sociologia nos é apresentada como ciência que se dedica ao estudo das relações sociais que se estabelecem no viver, usufruir da cultura e da natureza de forma coletiva. Essa ciência busca explicar a sociedade através de teorias e métodos de análises de diferentes pensadores ou teóricos. Diante deste contexto, estaremos abordando aqui, dois teóricos, suas respectivas teorias e seus métodos que diferem num contexto geral na sua maneira de ver a sociedade. Ao apresentar Durkheim com a teoria positivista-funcionalista e Karl Marx com a teoria histórico-crítica, teremos uma maior compreensão dos termos: sociedade, ser humano e educação. Cada um desses teóricos define um método e um objeto de estudo para conhecer e explicar a realidade.
Partindo da posição de Martins (1988) que diz a sociologia constitui um projeto intelectual tenso e contraditório, que de um lado representa uma arma poderosa a serviço dos interesses dominantes e de outro, é uma expressão teórica dos movimentos revolucionários. Para ele não existe um consenso, e sim, maneiras diferentes de ver a sociedade, o ser humano e a educação. Ressaltamos também a explicação de Guareschi (1999), sua definição de teoria parte de que “teoria á um conjunto de leis que procuram explicar a realidade, os fatos concretos e singulares”, já sua definição de “lei como a descoberta das relações mais ou menos constantes entre os fatos.” Ele também explicita que a primeira grande corrente ou teoria é chamada de positivista, porque implica ou pressupõe que a realidade é a que está aí, na nossa frente, oque vemos e apalpamos. E que em outro nome podemos chamar de funcionalista, onde o funcionamento acrescenta que a realidade é o que está aí, porém, estruturado, formando um sistema organizado, onde tudo tem sua função. Guareshi nos lembra de que a teoria positivista-funcionalista tem como objetivo o equilíbrio, a ordem e harmonia das sociedades.

Durkheim, um dos principais teóricos clássicos da Sociologia, explicita sua teoria positivista-funcionalista onde tem seu objeto de estudo focado nos fatos sociais, que se apresentam como coercitivos, pois se impõem ao individuo, generalizados, porque se aplicam a todos os indivíduos de uma sociedade e exteriores, encontram-se fora do indivíduo. Para ele quando nascemos possuímos uma consciência individual, egoísta e somente a consciência coletiva é capaz de nos tirar do egoísmo, a consciência social nesse caso é a consciência coletiva que constrói em nós a consciência social por meio da Educação. A consciência social essa, é constituída através da efervescência (momento histórico da criação) na qual se desencadeou a criação de ideais
religiosos, morais e intelectuais, esses ditos ideais foram introduzidos após as principais transformações que ocorreram em sua época, que podemos citar As revoluções Industrial e Francesa, tais acontecimentos são considerados o produto da vida em grupo, que penetra na consciência individual e dessa forma se organiza de modo duradouro. Segundo ele, essas duas grandes transformações, chamada de “última grande efervescência”, fizeram surgir um novo tipo de solidariedade, solidariedade orgânica, embora exista também a mecânica. A solidariedade mecânica leva a dependência, já a orgânica leva a independência do ser humano, na primeira a dependência se da pela visão de mundo e na segunda a independência se da na sobrevivência. Com as revoluções, o ser humano torna-se independente em vários aspectos, apesar de a divisão do trabalho nos tornar dependentes uns dos outros. Durkheim (1968) expressa sua teoria conservadora, pois acredita que a Educação tem como função reproduzir a sociedade instituída. Ele possui essa visão, pois não quer que a sociedade mude, tem uma visão positiva em ralação à sociedade capitalista.
A segunda corrente teórica da Sociologia é a Histórico-crítica, através do pensador, também clássico, karl Marx, onde o mesmo ressalta que o mundo não é um estanque e que a crítica é um instrumento de mudança. Tendo como conceito chave para compreender e explicar a sociedade o modo-de-produção. Para ele o modo de produção é constituído pela superestrutura e pela infraestrutura, ou seja, na superestrutura estão os domínios de ideias (ideologias, políticas, escolas etc.), já na infraestrutura estão os domínios da economia, onde a produção de bens efetivamente acontece. Segundo Marx na sociedade capitalista, quanto mais dinheiro se tem, mais livre se é, e a transformação da sociedade se da pela socialização dos meios de produção (fábricas, máquinas e ferramentas). A educação para Marx é um dos meios para se construir uma sociedade mais igualitária, onde a crítica leva a mudança. Assim para Marx, a sociedade é constituída de um modo-de-produção onde o ser humano é explorado por outro ser humano, e para superar essa exploração faz-se necessário que o ser humano tome consciência da situação de classe explorada e de forma organizada lute para transformar essa realidade.

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