quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Trabalho de Antropologia- Choque Cultural- (exemplo)

Universidade de Caxias do Sul
Aluna: Ellen Cristina Silveira de Jesus – Sociologia
Prof: Lili - Antropologia

Dê um exemplo de uma atitude etnocêntrica e de uma atitude relativizadora. Para tal, crie uma história sobre uma situação qualquer que envolva uma relação social que contenha choque cultural.


Cultura Urbana x Cultura Rural
           
            No cotidiano estamos a todo  momento vivenciando situações em que encaixamos atitudes etnocêntricas e também relativizadoras.Quando falo em cultura urbana quero dar um exemplo simples de um  adolescente em plena fase escolar (12 / 13 anos)acostumado com a vida da cidade,onde passa a maioria do tempo na escola, no transporte, em frente ao computador , com seu celular, com seu grupo de amigos já organizados na rede social, enfim acostumado com esse padrão de vida mais tecnológico e muito movimentado.
            Digamos que, depois de construir costumes e hábitos do seu cotidiano e estar adaptado a eles. Esse adolescente (em função de uma crise familiar),muda para o campo, e lá se depara com árvores, cavalos, vacas, rios ,matas fechadas. A luz é pra poucos, quem tem TV tem tudo e muitos nem luz têm. Nesse caso a tecnologia fica bem mais restrita, tem que ir a pé pra escola, a cidade mais próxima fica 100km de distância, ônibus que passa uma vez por dia, quando a péssima condição da estrada permite. Há muitas diferenças culturais em vários aspectos em relação ao meio cultural em que o adolescente vivia na cidade.
            Por um lado esse adolescente pode ter uma atitude etnocêntrica por não estar preparado para viver essa outra forma de cultura, podendo estar adepto de vários preconceitos em relação à vida no campo e considerando que  é melhor viver na cidade onde está próximo do seu grupo social e a cultura que ele já traz na bagagem. Por outro lado ele pode simplesmente estar interado para essa mudança, concordando e aceitando a nova cultura, procurando conviver em harmonia com o novo ambiente, se descobrindo através dessa nova cultura, nesse caso ele teria uma atitude relativizadora.

          Considerando que a cultura urbana e a cultura rural apresentam muitas diferenças na maneira de viver, esse é um exemplo de choque (choque cultural) entre uma cultura e outra. A situação da  mudança do adolescente já com sua cultura mais ou menos definida na cidade,  chocou-se com a ida  para o campo,onde a cultura é outra e da mesma forma ocorreria se fosse o contrário . A melhor forma para encarar tais situações e viver de maneira intensa é  aceitar as diferenças entre as culturas, evitando assim o etnocentrismo.

Modelo de apresentação de "Palestra"- Estrutura de organização

Boa Noite a todos! Gostaria de agradecer o convite da professora Dr.ª Suzana Pagot e a Universidade de Caxias do Sul pela oportunidade e também dizer-lhes que é uma imensa satisfação estar aqui nesta noite para dialogar com vocês sobre a temática da Cultura.
Este tema foi escolhido em virtude das diversidades conceituais do termo cultura, tendo em vista a importância desses diferentes conceitos para cada área de conhecimento e também explicitar o amplo papel social que a cultura nos proporciona em nossas relações com sociedade e seus indivíduos.
Pelo fato de ser uma temática muito abrangente, fiz uma divisão para facilitar o entendimento das abordagens, primeiramente, falarei sobre o conceito básico de cultura e posteriormente, das distinções e diferentes concepções que as áreas do conhecimento ( Filosofia e Sociologia) definem como cultura.
Nesse primeiro momento falarei sobre o conceito básico de Cultura:
Mas afinal o que é cultura?
Cultura é: de modo mais geral o conhecimento, a arte, as crenças, a moral, a lei, os costumes e todos os hábitos e aptidões adquiridos pelos indivíduos de uma determinada sociedade ou grupo.
Como as áreas do conhecimento definem cultura?
Filosofia: De acordo com a filosofia a cultura é o conjunto de manifestações humanas que contrastam com a natureza ou o comportamento natural. A cultura é uma atitude de interpretação global e pessoal.
Sociologia: define Cultura como um conjunto de ideias, comportamentos, símbolos e práticas sociais, aprendidos de geração em geração através da vida em sociedade. Seria a herança social da humanidade ou ainda de forma específica, uma determinada variante da herança social.
Para finalizar gostaria de destacar a cultura como um conjunto de representações, maneiras de ser, maneiras de se comportar e de agir, que é comum a um determinado grupo de indivíduos, a cultura é adquirida historicamente onde cada cultura apresenta-se de diferentes maneiras variando de sociedade para sociedade, ou de grupo para grupo.
A nossa cultura é muito importante para o desenvolvimento da sociedade. Podemos valorizar e respeitar as diferentes formas culturais? Que olhar temos em relação à cultura dos outros?
Todas as culturas são importantes e de certa forma estão interligadas e devemos sim respeitá-las e certamente temos muito a aprender com todas as formas culturais, pois elas enriquecem e complementam a nossa forma de pensar agir e nos manifestar.
Agradeço a atenção de todos vocês. Tenham uma boa noite repleta de reflexões. Muito obrigada!

Resenha do livro "A revolução dos bichos"- George Orwel.

Resenha da obra “A Revolução dos Bichos” de George Orwel
Éllen Silveira
O livro A Revolução dos Bichos foi escrito por George Orwel, o contexto histórico no qual foi escrito foi destacado pela Segunda guerra Mundial, porem foi editado apenas em 1945. A obra do autor ressalta aspectos de aversão a todo tipo de autoritarismo onde os bichos têm por objetivo conquistar e tomar conta da Granja do solar, cujo proprietário o Sr. Jones era um suposto inimigo dos animais, juntamente com todos os outros humanos. No segundo capítulo da obra, inesperadamente, falece o Major, um porco respeitado por todos os outros animais, sobretudo por toda sabedoria que os passava ao longo dos anos.
O Major havia passado aos demais animais muito de seus ensinamentos, de fato, muito relevantes para uma suposta revolução que deveriam organizar dentro da Granja Solar. Os porcos , assim como Major, ficaram com a tarefa de organizar e instruir todos os demais. Sendo assim essa tarefa recaiu sob o Napoleão e Bola de Neve, dois porcos muito inteligentes da granja, Napoleão possuía uma aparência ameaçadora, falava pouco, mas tinha grande força de vontade. Bola de Neve por sua vez, era mais ativo, tinha facilidade na comunicação, dentre os demais porcos também havia o Garganta cujo principal adjetivo era o manejo da palavra com brilho e ao falar algo difícil tinha o hábito de dar pulinhos. Esses três porcos ficaram responsáveis pela organização dos ensinamentos do velho Major e rapidamente rotularam esses ensinamentos com o nome de Animalismo.
“Varias noites por semana, depois que Jones dormia, realizavam reuniões secretas no celeiro e expunham aos outros os princípios do Animalismo.”(2000, p.19)
Todos os animais reuniam-se em assembleia todas as noites no celeiro pra expor suas dúvidas, medos e questionar os líderes sobre as mudanças que iriam ocorrer após a revolução. Alguns concordavam, outros achavam que iriam passar fome e ainda tinha aqueles que achavam que deveriam ser leais com o Sr. Jones, pois afinal, era o dono deles. Também tinha um corvo doméstico, chamado de Moisés, esse era o Corvo de estimação do Jones, era muito linguarudo e também espalhava mentiras e espionava os animais. Dentro desse contexto, os animais criaram um conjunto de ideias que serviria como instrução ao novo sistema chamado de animalismo, visto que, a revolução estava feita. Pois o Sr. Jones, bêbado dono da fazenda, certo dia, esqueceu-se de alimentar os animais e eles como esperavam por esse grande momento, revoltaram-se e colocaram Jones e os peões para fora da fazenda, com essa expulsão a fazenda era dos animais.
Os princípios do Animalismo foram colocados em prática a partir desse dia, havia sete mandamentos que constituíram as leis inalteráveis a partir de então, a granja Solar passou a chamar-se de Granja dos Bichos e deveria reger-se se fundamentando nesses princípios.
Esses Sete Mandamentos que seriam agora escritos na parede, constituiriam a lei inalterável pela qual a Granja dos bichos deveria reger sua vida a partir daquele instante, para sempre. Com alguma dificuldade (pois não é fácil um porco equilibrar-se a uma escada de mão) Bola de neve subiu e começou a trabalhar, enquanto Garganta, alguns degraus abaixo, segurava a lata de tinta. Os Mandamentos foram escritos na parede alcatroada em grandes letras brancas que podiam ser lidas a muitos metros de distâncias. Eis o que dizia o letreiro: Os Sete Mandamentos: 1.Qualquer coisa que ande sobre duas pernas é inimigo 2. Qualquer coisa que ande sobre quatro pernas ou tenha asa é amigo 3.Nenhum animal usará roupas 4. Nenhum animal dormirá em cama 5. Nenhum animal beberá álcool 6. Nenhum animal matará outro animal. Todos os animais são iguais (ORWEL,2000,p.27)
Diante dessas atribuições mencionadas acima, podemos fazer uma analogia com o funcionamento das sociedades, até mesmo com uma visão bem atual, percebe-se que o autor explicita os animais como personagens fictícios, porem relacionando-os ao comportamento humano, levando- nos a compreensão da sociedade e seu funcionamento em diferentes comandos e lideranças, onde independente de sistemas, ambos ambicionam o poder. Levando em conta a contribuição dos porcos com seu trabalho intelectual, chegamos à conclusão de que a fábula nos expõe é um mero exemplo de sociedade capitalista, onde os demais animais são os que mais trabalham e os que menos ganham.
Podemos perceber que os porcos foram os precursores dessa revolução e que os mandamentos em teoria são de uma sociedade socialista, mas existe uma contradição, logicamente na prática, onde eles comandam os demais animais e estipulam as regras e leis gerais aos mesmos, fazendo-os aderir ao sistema animalista, que praticamente foi imposto pelos líderes sob o restante dos bichos. Dessa forma podemos observar o egoísmo dos porcos no que diz respeito ao trabalho, fica bem claro que os porcos não trabalhavam, apenas supervisionavam e se utilizavam da sabedoria para manipular os outros bichos. Os demais bichos, maioria das vezes eram ignorantes e não eram tão eficazes nas habilidades de ler e escrever, por isso facilitava aos porcos que eram habilidosos nessas práticas o poder de fazer com que os demais animais simplesmente seguissem suas ordens.